terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Mais tornados ou mais comunicadores?

O Furacão Catarina deixou grandes traumas em toda a região Sul de Santa Catarina. Qualquer vento mais forte já deixa as pessoas apreensivas. E eu não as culpo. Não vivi o fenômeno, mas imagino o trauma que fica.

Em Tubarão é a mesma coisa com uma chuva mais forte, mesmo depois de quase 34 anos da enchente de 1974. Já acordei depois de um dia chuvoso e vi pessoas às margens do rio, preocupadas com a correnteza, com a água subindo, querendo informações sobre a chuva no costão da serra. Traumas são assim mesmo.

Mas a pergunta que motiva este texto vale para todos os fenômenos climáticos que estamos vivenciando nos últimos tempos. Será que está mesmo mais quente? Será que vamos virar um Caribe, cheio de tornados e furacões e vamos ter que começar a arrumar nomes para eles? Será que está chovendo mais? Será que vamos enfrentar uma seca?

Os meteorologistas tem suas respostas e dependendo ainda das pesquisas realizadas, podem ser mais ou menos otimistas. Eu deixo esta parte técnica para eles, mas acredito mesmo é no Ronaldo Coutinho, quando diz que o tal do aquecimento global é conversa, e que os fenômenos climáticos sempre estiveram por aí.

Desde que me conheço por gente faz calor demais, frio demais, chove demais, ou chove de menos, venta, cai geada, neva, tem chuva de granizo e outras coisas. Tudo misturado mesmo.

O que mudou mesmo foi o acesso as tecnologias de comunicação. Temos repórteres por todos os lados. Hoje em dia é muito mais fácil registrar um tornado. Qualquer pessoa com uma câmera digital e acesso à internet consegue levar estas informações para o mundo inteiro. Uma câmera filmadora de VHS era algo inacessível. Ter uma significa pertencer a uma classe social abastada. Agora, ter um aparelho de telefone celular que também é uma câmera digital que fotografa e grava imagens, fáceis de serem enviadas ao simples contato de um cabo e um clique de computador, é muito mais comum.

Esta difusão de informações parece estar nos revelando para um mundo novo, com uma nova geografia. Espero que não nos leve a uma paranóia.

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